* Direito de greve
Estamos em greve! Paralisaremos as atividades até que atendam às nossas reivindicações. Protestos como esse são comuns, sobretudo em organizações públicas. Os servidores utilizam a greve como instrumento de pressão, geralmente sob orientação de sindicatos, para obter o atendimento às reclamações. Se essa é a única maneira de fazer "a burguesia ouvir o proletariado", que seja feita, então, a manifestação. A greve deve ser utilizada nos termos da lei: para garantir o direito do trabalhador, quando outras alternativas - menos radicais - já não surtem efeito.
Quando alguém menciona o termo greve, muitos atribuem o fato à violência e ao vandalismo. É lastimável, porém compreensível. Várias pessoas não entendem o verdadeiro sentido desse tipo de paralisação. O povo não analisa os motivos dos grevistas, ficando atentos somente às consequências. Na educação, se o professor parar, os pais pensam: "Onde deixarei meu filho para poder ir trabalhar?" Logo, escola é depósito de aluno, e pouco importam os motivos que levaram o professor a tomar essa atitude.
Existem problemas que são resolvidos com reuniões e conversas - métodos de negociação mais brandos. Entretanto é visível que isso só acontece quando se evidencia que uma greve causaria transtornos graves e imediatos à sociedade (pense no transporte público, por exemplo). Com isso, categorias como a do professor utilizam a greve, pois os efeitos dela, aos olhos dos superiores (patrões), só serão percebidos posteriormente. Então, se ninguém atende às necessidades de forma mais simples, paremos!
Todos nós temos o direito de lutar por condições mais justas sobre qualquer evento que esteja causando insatisfação. A greve, através de meios pacíficos, pode resolver problemas que não puderam ser solucionados a partir de métodos menos radicais. Se há prejuízo para a sociedade quando uma categoria para, não deveriam cobrar a solução do grevista, mas sim, dos órgãos responsáveis por eles. Enquanto houver a má interpretação sobre a greve, nunca haverá um consenso. Os grevistas sempre estarão errados e os verdadeiros culpados: o poder, os patrões, os senhores... estarão sempre mascarados.
Caroline Fernandes Ribeiro
Pessoal, o tema do próximo texto caiu numa prova recente: "Família: célula mater"
COMENTÁRIOS DE ADRIANA PENNA,
ResponderExcluirParabéns! A greve tem sido mesmo, historicamente, um de nossos principais instrumentos de luta contra a opressão exercida pelos patrões. Estes últimos, objetivam a extração cada vez mais ampla de mais-valia, ou seja,a extração de lucro produzido no tempo de trabalho realizado pelo trabalhador mas que, entretanto, não é pago pelo patrão!Carol: sua análise é bastante realista, demonstrando como se faz necessária a discussão sobre este tema nos moldes que você nos trouxe.
Aproveito para dar os parabéns a todos os professores deste país, mas, especialmente parabenizo a todos os PROFESSORES de Educação Física. Chamo especial atenção para o dia de hoje. Este dia sim, (o dia 15 DE OUTUBRO) é o nosso dia de luta, de comemoração e de tomada de consciência sobre o nosso verdadeiro papel social enquanto educadores que somos. É chegado o momento de colocarmos um fim nas arbitrariedades do CREF1!!!
Pelo fim do Sistema Confef/Crefs!!! Vamos assumir as rédias de nossas ações e opções pedagógicas enquanto educadores que somos, seja nas quadras da escola ou nas salas de aula, nos clubes, academias, praças públicas etc. SOMOS EDUCADORES EM PRIMEIRO LUGAR, INDEPENDENTEMENTE DO LOCAL QUE ESTEJAMOS OCUPANDO!!!
Parabéns a todos os PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA.
Saudações.
O seu enfoque vai justamente na contramão do senso comum e por isso merece ser elogiado. Não culpo as pessoas que costumam chamar grevista de arruaceiro, vagabundo e afins. Um exemplo de como estes lugares-comuns, presentes nas falas da maioria das pessoas, se constroem é o desserviço das coberturas jornalísticas das greves. Passe a observar como o foco fica sempre nos prejuízos para a população e nos depoimentos de quem se acha lesado. Não há espaço para o contraditório, para a explicação aprofundada dos motivos que culminaram com a paralisação, das tentativas prévias de negociação, enfim, a vilanização dos trabalhadores nos é empurrada goela abaixo sob a figura de jornalismo sério e imparcial.
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