sábado, 27 de outubro de 2012

CÉLULA-MATER

Polêmica nº 11
* Família: célula-mater

Denomina-se família um conjunto de pessoas com um grau de parentesco entre si e que vivem juntas, formando um lar. Tradicionalmente, família seria formada pelo pai, pela mãe e pelos filhos. Atualmente isso não traduz a realidade, uma vez que a sociedade vive um cenário familiar cada vez mais heterogêneo: famílias formadas por avós e netos; tios e sobrinhos; pares homoafetivos e filhos adotados entre outras. O fato é que as características da família podem mudar, mas a essência continua a mesma. Ela é a base de tudo e nela serão constituídos valores e costumes que podem vir a ser determinantes na vida de cada um.
Na escola é comum ouvir os professores cobrarem uma participação mais efetiva da família em relação à vida escolar do aluno. Percebe-se que, se ela não fosse fundamental, com certeza não haveria necessidade de estar tão presente na escola. Embora a instituição escolar seja a base criticossocial do educando, lugar formador de opiniões e capaz de tornar o indivíduo em autor do próprio discurso, é na família que está a origem do ser: o caráter; os valores morais; as crenças; as virtudes e as tradições. Isso não será modificado! Não importa a estrutura ou a característica de uma família. Ela sempre irá influenciar positiva ou negativamente na vida de um indivíduo, afinal ela é o centro.
A família é a "instituição" capaz de provocar a mudança a qual queremos alcançar no mundo. Os estudos, o trabalho, os amigos e a escola são coadjuvantes quando comparados ao poder de uma família sobre alguém. Quando bem estruturada, diminui a competição desenfreada, o culto ao individualismo e a cobiça. Quando é relegada a um plano inferior, perde sua importância, torna tudo muito mais difícil - o que acontece na escola é um bom exemplo. Logo, a família é sem dúvidas o alicerce da sociedade, atuando maléfica ou beneficamente sobre a vida de todos nós.

Caroline Fernandes Ribeiro


Galerinha, o próximo texto trará o ponto de vista sobre a sustentabilidade.
Abraços!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MEDIDA RADICAL NECESSÁRIA: GREVE!

Polêmica nº 10
* Direito de greve

Estamos em greve! Paralisaremos as atividades até que atendam às nossas reivindicações. Protestos como esse são comuns, sobretudo em organizações públicas. Os servidores utilizam a greve como instrumento de pressão, geralmente sob orientação de sindicatos, para obter o atendimento às reclamações. Se essa é a única maneira de fazer "a burguesia ouvir o proletariado", que seja feita, então, a manifestação. A greve deve ser utilizada nos termos da lei: para garantir o direito do trabalhador, quando outras alternativas - menos radicais - já não surtem efeito.
Quando alguém menciona o termo greve, muitos atribuem o fato à violência e ao vandalismo. É lastimável, porém compreensível. Várias pessoas não entendem o verdadeiro sentido desse tipo de paralisação. O povo não analisa os motivos dos grevistas, ficando atentos somente às consequências. Na educação, se o professor parar, os pais pensam: "Onde deixarei meu filho para poder ir trabalhar?" Logo, escola é depósito de aluno, e pouco importam os motivos que levaram o professor a tomar essa atitude.
Existem problemas que são resolvidos com reuniões e conversas - métodos de negociação mais brandos. Entretanto é visível que isso só acontece quando se evidencia que uma greve causaria transtornos graves e imediatos à sociedade (pense no transporte público, por exemplo). Com isso, categorias como a do professor utilizam a greve, pois os efeitos dela, aos olhos dos superiores (patrões), só serão percebidos posteriormente. Então, se ninguém atende às necessidades de forma mais simples, paremos!
Todos nós temos o direito de lutar por condições mais justas sobre qualquer evento que esteja causando insatisfação. A greve, através de meios pacíficos, pode resolver problemas que não puderam ser solucionados a partir de métodos menos radicais. Se há prejuízo para a sociedade quando uma categoria para, não deveriam cobrar a solução do grevista, mas sim, dos órgãos responsáveis por eles. Enquanto houver a má interpretação sobre a greve, nunca haverá um consenso. Os grevistas sempre estarão errados e os verdadeiros culpados: o poder, os patrões, os senhores... estarão sempre mascarados.

Caroline Fernandes Ribeiro

Pessoal, o tema do próximo texto caiu numa prova recente: "Família: célula mater"

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

COMBATE "IMPLACÁVEL E INCOERENTE" À CRIMINALIDADE

Polêmica nº 09
* Redução da idade para responsabilidade penal

A idade inicial para que alguém responda na justiça de acordo com o Código Penal é 18 anos. Idade em que, diante da lei, um jovem já é capaz de arcar com as consequências dos seus atos. Uma  proposta de emenda à Constituição que reduz a maioridade penal dos 18 para os 16 anos vem sendo discutida e tomando rumos divergentes. A redução dessa idade penal não é solução para acabar com o cometimento de crimes por parte de adolescentes infratores. Investir e melhorar o sistema socioeducativo dos jovens, tornando a educação mais ativa seria muito mais eficiente.
É verdade que os argumentos a favor da diminuição da maioridade penal são relevantes, alguns dizem até que são implacáveis e lógicos. Se alguém com 16 anos pode votar, por que não poderia responder pelos crimes cometidos? Antes é preciso lembrar que poder não tem o mesmo sentido de saber. O fato de uma pessoa poder votar não garante que ela compreenda a importância e a consequência do seu ato. A partir daí vale ressaltar que assim como um adolescente tem dúvidas sobre a política e fica perdido, isso também pode ocorrer na hora de trilhar um caminho. Precisam mesmo é de suporte, pois estão sendo atraídos pelo crime cada vez mais cedo.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é considerado tolerante demais com a delinquência e inoperante para cumprir sua função de intimidar os jovens que pensam em transgredir a lei. De fato seria interessante que houvesse modificações no estatuto, mas já faria diferença se fosse estabelecida uma aplicação adequada da legislação vigente. O ideal seria colocar esses jovens em um sistema de internato - eficaz -, com políticas educativas que visam formar/reformar o caráter deles, ao invés de esquecê-los em um centro penitenciário - uma verdadeira escola para o crime.
Percebe-se que se o sistema fosse realmente recuperador e reintegrador do infrator na vida social, essa discussão para diminuição da idade não estaria em evidência. Porém o que vemos são jovens entrando cada vez mais cedo nos cárceres e reformatórios e a cada dia que passa ficam com mais crimes relatados em suas fichas. Reduzir a maioridade penal nessa situação é empurrar os adolescentes com frágil equilíbrio emocional, psíquico e social gradativamente para o caminho sem volta do crime e da morte. Essa redução seria incoerente em sua prática.

Caroline Fernandes Ribeiro

*Estava aqui pensando e resolvi postar esse texto hoje. O próximo será sobre a onda de greve que está acontecendo por aí. Em breve estarei aqui novamente! Abraços =D

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PATRÍCIA CORADO

Queria registrar aqui meu agradecimento à Patrícia Corado. Ela é a professora que corrige meus textos e me dá os puxões de orelha! Gostaria deixar claro que devo muito a ela pelo meu crescimento. Obrigada por tudo Paty. 

O JEITINHO SIMPÁTICO E ILÍCITO DO FAZER

Polêmica nº 08
* A cultura do jeitinho

O brasileiro é mundialmente conhecido como povo que sabe, em qualquer situação, dar um jeitinho. A alta capacidade de criação e improviso é notável nos quatro cantos do país. O jeitinho brasileiro é uma estratégia muito comentada, que é construída culturalmente para resolução de problemas. Esse mecanismo utilizado para findar determinadas questões difíceis foi a maneira que a população encontrou para viver em situações adversas, caracterizando a famosa malandragem.
Quem nunca deu um jeitinho em casa, no trabalho, na igreja ou na escola que atire a primeira pedra. O problema é que muitas vezes as atitudes de improviso viram arte de ludibriar e enganar, um vício incontrolável, que faz o indivíduo agir em benefício próprio, esquecendo a ética e os bons costumes. A sociedade é contagiada por esse jeitinho brasileiro, visando a uma forma mais fácil de conseguir resolver questões. Entretanto essa onda de jeitinhos tem tomado um rumo não muito agradável; afinal, quem dará crédito a alguém que é famoso por tentar se beneficiar pela arte do enganar, burlar ou trapacear? Mundo afora somos vistos como povo alegre, criativo... e MALANDRO! É aí que mora o perigo, pois coisas boas são esquecidas facilmente, mas as desagradáveis são perpetuadas.
A resolução criativa e inovadora de problemas se agrega a uma nova face caracterizada pelos meios ilícitos. O povo vive paradoxalmente entre orgulho e vergonha. Ao mesmo tempo em que apresenta uma habilidade refinada de criar, também se depara com a capacidade engenhosa de utilizar essa habilidade para obter benefícios pessoais corruptamente. O jeitinho brasileiro, vulgo malandragem, mostra o lado escuro de nossa criatividade e ninguém está livre disso, não tem JEITO.

Caroline Fernandes Ribeiro

terça-feira, 2 de outubro de 2012

CEGA PAIXÃO

Polêmica nº07
*Brasil e a Copa de 2014

A Copa é o principal evento futebolístico do mundo, envolvendo as principais seleções e os melhores jogadores. Nessa ocasião as pessoas se reúnem para celebrar uma grande festa. Em campo as estrelas são os jogadores e ela, a bola. Na arquibancada o barulho ensurdecedor não incomoda, embala! Todo mundo esquece, por pelo menos 90 minutos, todos os problemas. Em 2014 o Brasil será sede da Copa do Mundo e infelizmente o povo aqui não esperou os 90 minutos do jogo para esquecer os problemas. É certo que com a notável ascensão econômica, tecnológica, política e social que ocorre nos países que um dia foram sede de uma Copa, o Brasil teria muito a ganhar. Entretanto não se pode esquecer que num país no qual não ocorre uma distribuição justa de todos esses benefícios, sediar eventos de tamanha expressão é utopia.
O gosto pelo futebol é o que dá o tom da festa. Muitos defendem que o acontecimento histórico seja uma maneira de diluir as diferenças sociais e políticas marcantes no dia a dia do povo brasileiro. De fato seria interessante, caso houvesse continuidade nos investimentos em políticas públicas através das estruturas adquiridas com o evento. Todavia não é isso que acontece. O Pan Americano de 2007 é uma prova real e recente de que nada foi feito, de fato, para o povo. Estruturas como o Parque Aquático Maria Lenk não são utilizados pelo público, mas as entidades privadas estão a todo vapor por lá.
Há quem diga que é uma chance única de promoção e atração de investimentos. Quanto a isso, com certeza a Copa trará grandes avanços. No entanto a peça principal utilizada para engrandecer o evento - o povo apaixonado brasileiro - não ganha nada além de 90 minutos sem problemas     (caso tenha capital para compra do ingresso). Não existe retorno financeiro permanente, muito menos social e político.
Em razão da cega paixão pelo futebol é evidente a utilização do povo brasileiro como massa de manobra. Qual fanático não gostaria de ver o Messi, o Cristiano Ronaldo ou o Neymar jogando? É complicado viver num país no qual surgiram fenômenos como Pelé, Zico, Ronaldo e Romário e, ao mesmo tempo, ter de lidar com a desigualdade que o capitalismo desenfreado vem causando por aqui. É muita ganância, é muita corrupção, e isso faz qualquer paixão virar revolta!

Caroline Fernandes Ribeiro

Ps.: O próximo tema será mais light, mas não deixa de ser polêmico. Semana que vem postarei algo sobre "o famoso jeitinho brasileiro"... Até lá pessoal!