segunda-feira, 17 de setembro de 2012

QUEM SABE, SABE, E QUEM NÃO SABE SOFRE BULLYING

Polêmica nº 5
*Bullying, o mal do nosso tempo.

Todo mundo já passou por aqueles momentos em que os amigos criaram apelidos que muitas vezes causaram um certo desconforto. Atualmente casos assim são denominados bullying - um tipo de agressão contra alguém que geralmente está contida numa brincadeira. Muito se fala sobre isso. É comum haver reuniões nas escolas para discutir como lidar com o bullying. A sociedade resolveu dar importância a algo que acontece desde sempre. Esta súbita preocupação está atrelada à tecnologia. Antes não existia uma maneira rápida e eficaz de fazer um assunto virar notícia, agora, basta um vídeo e pronto: "curtam e compartilhem!"
O aumento de atos violentos - físicos e verbais - no ambiente escolar é crescente e todos nós temos consciência disso. Mas o que está em questão é a banalização do termo BULLYING. Qualquer brincadeira - de mau gosto - é rotulada como uma agressão gravíssima. Quanta atenção desnecessária! Há quem diga que o bullying é uma epidemia psicossocial, podendo gerar graves consequências. De fato, casos como humilhações racistas e difamatórias podem afetar, emocional e fisicamente, o alvo da ofensa. Entretanto o problema não é atual e não deixará de existir. Vivemos no mundo e o mundo é repleto de cobiça, vaidade, e composto por HOMENS - seres egoístas por natureza. Epidemia não cabe ao assunto, pois não se trata de uma incidência em CURTO período de tempo. Esses casos de agressão existem desde que os homens se relacionam entre si, ou seja, desde sempre.
O bullying é o mal do nosso tempo: do meu, do seu, do pai, do tio e do avô. Sim, é verdade! O que muda é a maneira como as coisas são abordadas, afinal "o que os olhos não veem o coração não sente". E hoje é sabido que o que esses olhos não veem o Youtube ou Facebook se encarregam de contar, e por aí vai. Deve-se investir na formação de um ser humano melhor e com valores mais sólidos, pois uma pessoa eticamente fortalecida, munida de uma educação social e política coerente, será capaz de se opor às ofensas menores e se importará com o que ela realmente é, e não com o que dizem ou pensam a seu respeito. O bullying não é a causa dos transtornos, não dos mais relevantes. Ele é o fruto das desigualdades cada vez mais constantes, que se mascaram no que vemos por aí: quem sabe, sabe, e quem não sabe sofre bullying.

Caroline Fernandes Ribeiro

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