domingo, 10 de abril de 2011

EDUCAÇÃO

A arte de educar

          Segundo o dicionário educar seria “despertar as aptidões naturais do indivíduo e orientá-las segundo os padrões e ideais de determinada sociedade, aprimorando-lhe as faculdades intelectuais, físicas e morais; Cultivar o espírito; Instruir, ensinar; DOMESTICAR,  ADESTRAR...”.
Pois é! Em meio a tantas definições fica difícil entender a arte em questão. Creio que o verdadeiro significado esteja no coração daqueles que têm o dom de educar. Não atribuo essa arte somente aos professores – os que fazem da sala de aula um verdadeiro espetáculo traduzido em mágicas e malabares, advindos da criatividade despertada pela vontade de ensinar, transmitir, compartilhar, EDUCAR! Atribuo também aos pais que repassam valores e tradições, aos amigos que ampliam os horizontes, à política, porque não? Afinal, não haveria educação se não existisse a política, gerida para o bem e para o MAL também!
O fato é que o mundo está girando numa velocidade incrível, mas uma grande parte da sociedade está ficando para trás. Tudo começa dentro de casa, ou seria fora dela? Aliás, quem fica em casa? Pais no trabalho, e filhos, ora na escola, ora nas ruas. As famílias perderam o conceito de convívio, os pais o de educar. Seria, então, muito fácil imputar toda culpa na família, porém, analisando os fatos percebe-se que fazer isso é o mesmo que “remar contra maré”. Os pais se utilizam da ausência para alimentar seus filhos. É o fruto do trabalho, ou seria tortura? Não! É o capitalismo desenfreado mesmo.
Os professores - pais cada vez mais ausentes - não fogem dessa realidade. Verdadeiros guerreiros, que muitas vezes preenchem a lacuna familiar de seus alunos: filhos por opção e de coração. A vontade é grande e as barreiras são muitas. Como uma enorme bola de neve, os problemas só aumentam e nos atropelam sem piedade – violência, descaso...
Ao professor é passado, erroneamente, o dever e a responsabilidade de TODA educação. Passamos a ser a mãe, o pai, o político, o psicólogo, o assistente social... e lá no final: somos professores! Nossa essência se perde no momento em que não dividimos a responsabilidade e tentamos brincar de DEUS, fazendo o TODO sozinhos.
            A ARTE de educar ou a CULPA por ADESTRAR é de toda sociedade. Se a mudança não ocorrer agora talvez não ocorra jamais. E como bem dizia um grande amigo meu: “A verdade é que as grandes transformações ocorridas ao longo da aventura humana pela história se iniciaram de desejos, insatisfações e  projetos muitas das vezes considerados incoerentes. Quero insinuar que há sim, outras formas de viver e de pensar”. E porque não de EDUCAR?

9 comentários:

  1. você deu voz a todos nós professores que nos ultimos tempos temos tantas novas atribuições que podemos nos considerar atores multifacetados, porque não?
    Amei o seu texto

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  2. Parabéns Carol! O texto reflete você:"sweet",DOCE,DOCILIDADE E FIRMEZA DE QUEM SABE O QUE QUER com extrema sensibilidade e competência para EDUCAR.Bom tê-la companheira nesta tarefa de EDUCAR.Escreva mais. bjs

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  3. Parabéns amiga! Estarei sempre acompanhando aqui...

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  4. Que lindo Carol,Parabéns mais uma vez.
    Agradeça a DEUS todos os dias pelo dom que ele te deu,você é uma menina divina,lindo demais,com certeza pode escrever um livro,suas palavras são sábias e verdadeiras...

    Parabéns,felicidades e boa sorte para tudo que você almejar nessa vida, com FÉ em DEUS você consegue todos os seus ideais...
    Parabéns...

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  5. Sinto me obrigado a fazer esse comentário e desde já, peço desculpas aos que possivelmente não irão discordar com meu posicionamento, mas faz-se necessário fazê-lo.
    Acredito que na educação existam dois lados que ao mesmo tempo em que possam parecer contraditórios, se completam. Fazendo uso dos termos utilizados no título do blog, podemos defini-los como Sweet e Terrible. Primeiramente falamos do lado SWEET, aquele que nos faz pessoas motivadas e motivadoras do processo educacional, àquele que quando encontramos as tão famosas dificuldades pedagógicas e metodológicas para ensinar, encontramos também meios para suprir as limitações que ainda nos cercam, aqueles que nos faz pessoas influenciadoras, nos tornando capazes de modificar as atitudes de indivíduos que estão a nossa volta.
    Em contrapartida, temos o lado TERRÍBLE, aquele que acreditamos que só encontram aqueles colegas professores que são e/ou estão desestimulados, mas quando passamos de meros espectadores à protagonistas do processo, percebemos que ele pode encontrar mesmo aos que se consideravam EDUCADORES.E é nesse ponto que precisamos tocar.
    É lamentável que o Construtivismo no Brasil tenha sido interpretado de forma errada e que o EDUCADOR seja interpretado de uma forma tão equivocada. Nós professores entendemos que educar, dentro do âmbito educacional, significa aprimorar habilidades e desenvolver conhecimentos que torne o indivíduo crítico e capaz de ser inserido na sociedade e ser considerado um cidadão totalmente politizado. Infelizmente a sociedade inverteu seus valores, acreditam que os professores, então recentemente denominados EDUCADORES, têm a função de transmitir educação, no sentido de capacitar os indivíduos a falar, olhar, se respeitar, se organizar, e, acredite, viver.
    Somos professores-educadores, somos responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem, pela mediação do conhecimento. Tenho observado que as escolas tem procurado fazer sua parte, é necessário que a sociedade faça a dela. É preciso que deixem de dar valores tão significativos à Bolsa-família e que transfiram tais valores aos seus filhos que clamam por carinho, afeto e atenção.
    Grande abraço e sucesso a todos os professores, especialmente a você, Carol. Bjus

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  6. Valeu Carolzinha. Um artigo desses merece destaque em HARVARD ou no NEW YORK TIMES. Quero ver muitos outros com essa qualidade. Parabéns.
    Prof SERGIO CASTRO

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  7. marcela rocha rodrigues11 de abril de 2011 às 06:31

    Carol adorei o texto, parabéns!!! Bjão

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  8. Educar, na minha concepção, prescinde de uma parceria de todas as esferas sociais. Assim, como você bem defendeu, centralizar todas as tarefas educativas na figura do professor é injustiça, covardia. Ele, o malabarista - ótima definição - só pode cumprir sua função satisfatoriamente se uma série de fatores se reunirem. Parabéns pela reflexão e pela carinhosa citação ao final. Um beijo!

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  9. Oi minha linda carol suas palavras foram alem de belas muito sabias...nelymar

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