Polêmica nº2
*Bandido bom é bandido morto
A pena de morte é um tema que traz muita discussão. A ideologia de "bandido bom é bandido morto" se proliferou nas redes sociais rapidamente e vem expondo opiniões muitas vezes raivosas e "cheias de razão" contra os Direitos Humanos. A ideia de erradicar o problema da marginalização e da impunidade é o foco principal, e "matar um bandido e enterrar em pé para não ocupar espaço" não diminui esse problema, muito menos os soluciona. O Estado deve proteger a vida e não a ceifar.
É comum navegar pelo mundo virtual e encontrar apelos pela proteção da sociedade com a aprovação da pena de morte. Mas é preciso analisar todo o sistema. O Brasil não tem estrutura social e política para aderir a este tipo de solução. Tal conduta alavancaria casos de condenações injustas. Apesar de muitas pessoas defenderem que essa lei poderia ser uma maneira eficaz de coação de outros assassinos em potencial, sua aplicação não findaria o problema. Atuar sobre a ideia de pagar o mal com o mesmo mal só enfatiza a incapacidade que o Estado tem de agir. O mal causado a alguém do bem jamais seria reparado com a morte de quem o causou.
Ao analisar as características da sociedade brasileira contemporânea, percebe-se que combater a violência com mais violência, medo com medo e ódio com ódio não é a melhor opção. Deve-se avançar para algo mais desafiador e coerente, que é o investimento em formação de pessoas melhores, com valores humanos mais sólidos. As pessoas deveriam sentir horror à mais vaga ideia de tirar a vida de alguém. Com valores éticos fortalecidos, esta mentalidade simplista - predominante atualmente - torna - se - ia cada vez mais insuportável, incoerente e ineficaz.
Caroline F. Ribeiro
*Ajuda preciosa de Mário Cajé
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